Atriz mirim Mafê Mossini tem apenas 12 anos e já traz em seu currículos grandes trabalhos. Começou no teatro musical, em 2017, com "A Megera Domada, o musical", com direção Cininha de Paula e Fernanda Chamma, e não parou mais. Gravou o curta-metragem "A Megera Domada, o filme", estreou no elenco do musical "Annie", como a personagem Tessie, gravou a webserie "A Fuga", direção Charles Daves, integrou o elenco de "Escola do Rock", como Katie, a baixista da banda, e, em 2020, deu vida a personagem Menina Maluquinha no musical "Achados e Perdidos", que infelizmente teve a temporada suspensa por conta da pandemia. Conversamos com a Mafê sobre a carreira dela e você confere agora nossa entrevista:
1. Conta pra gente o que despertou o seu interesse no mundo das artes.
Eu sempre fiz balé, street dance, teatro, canto na minha cidade (Assis), mas em 2017, vim para São Paulo fazer um workshop com a Cininha de Paula e com a Fernanda Chamma e no primeiro dia fui selecionada para fazer parte do musical "A Megera Domada". Foi onde tudo começou, minha paixão pelo teatro musical!
2. Apesar de muito nova, você já traz em seu currículo trabalhos em grandes produções musicais, como foram essas experiências?
Foram INCRÍVEIS! Em 2018 me mudei para São Paulo, com minha mãe, para me preparar para a audição do musical Annie. Um sonho né! Foram meses tendo aulas diárias de canto, dança, sapateado e interpretação. NOSSA! Muitas meninas nessa audição! E depois de muitas fases, fui selecionada para interpretar a órfã Tessie, uma menina meiga e sonhadora, além da oportunidade de trabalhar com Miguel Falabella, Ingrid Guimarães e grande elenco. Já para o musical Escola do Rock, o desafio foi diferente. Eu nunca tinha tocado baixo, mas fui atrás desse novo sonho. Fiz um mês de aulas de baixo para a audição, além de me preparar com aulas de interpretação, dança e canto. Também tivemos várias fases para formação da banda. E sonho realizado... Fui a baixista KATIE TRAVIS!
3. Além dos musicais, você também gravou o curta de "A Megera Domada". Você se sente atraída pelos trabalhos na TV e cinema ou gosta mesmo do palco?
Bom, o palco é um lugar mágico. Eu amo estar em cena, no aqui agora, sabe? As coisas acontecem naquele momento. Sempre tem um improviso, você sempre busca algo novo, é uma escola para o artista. Mas também quero muito fazer TV e cinema. Acho que é o sonho de todo artista. Participar do curta "A Megera Domada" foi muito bacana, as gravações, elenco, horários, edição... tudo totalmente diferente! E depois, se assistir nas telonas, aaah! Demaaaaaais!
4. No musical "Escola do Rock" você interpretou a baixista Katie, como foi o processo de preparação para a personagem tendo que aprender e tocar um instrumento novo?
Katie Travis foi um desafio e tanto, porque eu nunca tinha tocado baixo. Quando eu falei para minha mãe que queria fazer uma aula de baixo, em fevereiro, ela usou toda uma psicologia de mãe, sabe? Mas me levou! Foram aulas diárias. Uns dias depois, saiu a data da audição. Meus dedos tinham bolhas, mas a vontade de fazer o musical foi muito maior! Junto às aulas de baixo, também fazia canto, dança e interpretação. Independente do resultado, temos que ir preparados para uma audição. Enfim, fazer a baixista Katie foi um momento mágico. Tocar ao vivo, adrenalina a mil.! Ameeei...🤘🏻🎸
Foto: Adriano Doria
5. Você estava em cartaz no musical "Achados e Perdidos" quando a pandemia começou e a temporada foi paralisada. Como foi isso pra você e seus colegas?
Sim. Outro trabalho muito legal. "Achados e Perdidos o musical" , com direção Cininha de Paula e Gustavo Klein, estava em cartaz desde fevereiro, no teatro Nair Bello. E nossa última sessão foi dia 15 de março. Entristece muito, claro! Principalmente ver os teatros, cinemas, shows, tudo parado. Mas estamos fazendo nossa parte. Isolamento social consciente. Torcendo muito para que tudo volte ao normal, e muito melhor! Tenho certeza que muitas coisas mudaram com essa pandemia.
6. Como tem sido a sua quarentena? Está se adaptando com as aulas online?
É claro que toda mudança gera um desconforto, ainda mais como foi! Acho que ninguém estava preparado para passar por isso. Mas a adaptação foi tranquila. Estou no MS, onde moramos, mas as aulas online são diárias. Além da escola, continuo fazendo muitos cursos e workshops, não podemos parar. Uso esse período para estudar. Talvez não seria possível, na minha rotina normal, devido ao tempo. Mas tô com muitas saudades dos meus amigos!
7. Quando tudo voltar ao normal, qual a primeira coisa que você pretende fazer?
Abraçar meus amigos! Muitas conversas, ir ao teatro, ao cinema... aaah! Saudade enooooooorme! E claro, voltar a fazer o que amo: atuar!
8. Você tem feito muitas lives nessa quarentena, de onde surgiu a ideia e como foi a criação de cada uma?
As lives, que experiência INCRÍVEEEEEEL! Tô amando fazer! Tudo começou com a ideia de um bate-papo com profissionais do teatro musical e assim surgiu "Contos e Prosa", um bate-papo descontraído sobre profissionais nos diversos segmentos da arte. E "Diário de uma Coxia", que entrevista profissionais que fazem o espetáculo acontecer. Todos os profissionais do teatro musical, desde direção, atores, direção musical, stage, enfim, só posso dizer que tem sido momentos de aprendizado e diversão, e claro, conhecer esses profissionais, mesmo que seja online.
9. Você já entrevistou diversas pessoas em suas lives, tem algum momento mais marcante entre essas entrevistas? Qual e porque?
Aaah! Cada entrevista tem sua particularidade hahaha é difícil escolher! Tem sido momentos de troca, de conhecimento, curiosidades, micos... Uma coisa posso dizer, com certeza, são únicas! E o mais bacana é o carinho e credibilidade dos convidados! As lives acontecem no meu Instagram, e estão salvas para todos que quiserem aprender e conhecer um pouquinho mais esses profissionais que fazem a arte acontecer!
Acompanhem a Mafê no Instagram pelo perfil @mafemossini.