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7 Referências de Shakespeare que você pode ter deixado passar em ‘Alguma Coisa Podre’


O musical ‘Alguma Coisa Podre’, em cartaz em São Paulo, no Teatro Sabesp Frei Caneca, é um prato cheio tanto para os fãs de musicais, quanto para os fãs de Shakespeare.


Como esse universo de referências à musicais é algo mais conhecido para nossos leitores, dessa vez separamos 7 referências às obras de Shakespeare que estão presentes no espetáculo. Lembrando aqui que há spoilers do espetáculo, então não faça o Lorde Clapham, e leia por sua própria conta e risco.


1. ”Portia? Gostei do nome!”


Quando Portia se apresenta para Shakespeare, durante a festa, o bardo demonstra um certo interesse pelo nome da garota, mas isso não é explorado mais ao longo do espetáculo. Entretanto, pra quem conhece a obra de Shakespeare, sabe que anos depois do período representado no espetáculo, em ‘O Mercador de Veneza’, o bardo utiliza esse nome para uma personagem que falaremos mais sobre, mais pra frente.


2. Bandidos ou amantes secretos


Essa é uma referência um pouquinho mais clara, até citada pelos próprios personagens em determinado momento do espetáculo. A narrativa de amantes vindos de famílias que se odeiam, assim como Nigel e Portia, está bem presents na nossa cultura popular, e uma das principais obras que trazem o tema é ‘Romeu e Julieta’, com a diferença que em ‘Alguma Coisa Podre’, ninguém morre no final.


3. O Rego Soutto senta o pau


Apesar do trocadilho 5ª série B que amamos, na versão original, Nick compartilha do mesmo nome de um dos personagens de ‘Sonho de uma Noite de Verão’, o Nick Bottom. Na peça, Nick tem sua cabeça transformada na de um burro, algo que o Will do musical com certeza faria como deboche do seu rival.


4. Toby, o ator de York


Lembra quando Shakespeare se passa por Toby, aquele ator de York, (não Nova York)? Pois bem, Sir Toby Belch é o nome de um personagem criado pelo autor para a peça ‘Noite de Reis’, um tiozão alegre e divertido, que adora beber e contar piadas.


5. O julgamento


Bem no finalzinho do espetáculo, quando Nick é sentenciado à morte, como plot twist, Will aparece para salvar o dia. A solução encontrada por ele é convencer o júri que aquele evento seria transformado em uma peça sua, e caso uma sentença mais grave fosse tomada, o juíz seria representado como vilão. Nesse cenário, ele decide apenas exilar os irmãos. Em ‘O Mercador de Veneza’, Shakespeare retrata um julgamento bem semelhante ao que vemos no musical.


6. ”Shylock, o judeu bonzinho”


Quanto o adorável Shylock, interpretado por Tony Germano, aparece pela primeira vez para cobrar as dívidas de Nick, Nick tenta convencer ele a dar um prazo maior, falando que nomearia um personagem de sua peça em sua homenagem. Shylock não aceita, dizendo que Shakespeare já tinha prometido isso. E realmente, a peça de Shakespeare ‘O Mercador de Veneza’, conta com um personagem chamado Shylock. Mas diferente do que o judeu do musical esperava, o Shylock da peça é um cruel agiota.


7. ”Por que não procuram homens bons e fortes?”


‘O Mercador de Veneza’ acabou dando muito pano pra manga e sendo a inspiração de mais uma personagem de ‘Alguma Coisa Podre’. Estamos falando de Bea, que no caso foi inspirada pela personagem Portia da peça de Shakespeare. (Confuso? Eu sei.) lembra lá trás que mencionamos que voltaríamos a falar dela? Esse é o momento. Em ‘O Mercador de Veneza’, Portia, a esposa do protagonista, se veste de homem e se passa pelo advogado dele, para tentar ajudar o marido durante seu julgamento, assim como Bea faz para livrar Nick de suas acusações.


Extra: O novo mundo


Apesar de na montagem brasileira os protagonistas serem enviados para o Brasil no fim do espetáculo. No texto original, eles são exilados em Nova York, onde fundam o teatro musical, com seus espetáculos. Isso faz um paralelo dos dois polos de teatro que aparecem, sendo a Broadway o berço dos musicais, enquanto Londres acaba ficando com o teatro em prosa, que é super tradicional da cidade.

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