Ator e dublador, já conhecido dos musicais, tanto no palco quanto nas telas, Nicolas Cruz agora dá vida a Pluft, o fantasminha, em superprodução infantil brasileira de live-action em 3D. O filme chega aos cinemas de todo o país no dia 21 de julho.
Batemos um papo com o ator para saber mais sobre o longa e sua carreira, confiram:
Para interpretar o Pluft você precisou aprender a mergulhar, falar debaixo d’água e tudo isso ainda no início de carreira. Pode nos contar sobre esses desafios e sua entrega?
O maior desafio foram as bolhas. Embaixo d’água, quando você fala ou respira, solta bolhas e nesse caso, elas não eram bem vindas. Claro que isso seria tirado na edição, mas quanto menos bolhas eu soltasse pra falar, era melhor. Fazer as coisas debaixo d’água não foi tão difícil pra mim, o que eu não tinha controle era mais complicado, como as bolhas e meu olho que tinha que estar aberto o tempo todo sem ficar vermelho. Eu usava muito soro fisiológico para ajudar. Eu nunca tinha mergulhado com equipamento. Fiz aula de mergulho e aprendi a técnica de apneia para segurar o fôlego durante as cenas. Além disso, fui ao Tablado, conhecer o acervo de livros, fotos e materiais que eles têm do Pluft, onde tive um encontro com a Cacá Mourthé, que me contou muitos detalhes e me mostrou tudo que tinha do Pluft. Isso tudo acompanhado pela Rosane, que conversou muito comigo, sempre me mostrando coisas importantes e me dando muitas dicas.
Quais foram as suas cenas preferidas durante as filmagens?
Eu lembro muito da última cena, onde finalizei o filme com minha narração embaixo d’água. Foi uma cena de bastante emoção. A cena que chamo o Tio Gerúndio no Baú também foi legal, porque eu tinha que ficar na horizontal flutuando, demoramos mais para conseguir o efeito, mas foi divertido.
Qual é a importância de Pluft virar filme?
Pluft é uma das maiores histórias da cultura brasileira, nasceu de Maria Clara, do Tablado, patrimônio nacional. Ele merecia um filme assim, com tudo que a tecnologia permite hoje, o 3D torna o filme atual e vivo. Fazer o Pluft embaixo d’água foi uma ideia corajosa e muito inteligente. Na água, o Pluft conseguiu voar, se mexer naquele ritmo de fantasma mesmo, dando um efeito verdadeiro e natural, sem passar pelo efeito “fake”de cabos de aço, além, de mais uma vez, fazer com que essa história marque a arte com algo novo, nunca tentado, essa história é sobre coragem né?
O filme trata muito sobre enfrentar os medos e também de se abrir para o desconhecido. Como essa mensagem toca você? Como é para você dar vida a algo tão forte?
Ah, o filme traz uma mensagem muito legal. Eu vejo que hoje as diferenças causam divisões, preconceitos e as pessoas têm medo de conhecer e até de gostar do diferente, se fecham dentro de suas próprias bolhas e ideias. Essa mensagem do Pluft é para crianças e adultos que deixam de ser quem são para se enquadrar, quando poderiam se aliar, se conhecer e se amar, já que o diferente pode ser exatamente o que falta para te tornar completo. Pluft ensina pra gente que o medo aprisiona mas a coragem de se abrir pro novo e inesperado liberta e através dos relacionamentos e do afeto podemos enfrentar melhor nossos medos. Eu nunca vou esquecer essa lição do Pluft e nem tudo que vivi nesse projeto.
Pode nos contar sobre sua carreira?
Eu comecei bem pequeno, fazendo comerciais. Aos 5 anos fui aprovado para um musical com direção do Neco (Ernesto Piccollo), acho que foi aí que me descobri ator mesmo. Depois disso, vieram muitos outros musicais e junto do teatro fiz bastante coisa na TV também, como as séries do Gloob (Buuu e Escola de Gênios), o filme Ponte Aérea, a novela Gênesis e outras participações em séries e novelas que foram importantes pra mim.
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